Curso Licenciatura Indígena 2016
- Denominação:
LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA DO SUL DA MATA ATLÂNTICA
- Eixo norteador:
Territórios e Conhecimentos Indígenas no Bioma Mata Atlântica
- Destinatários:
Povos indígenas que vivem na parte meridional/sul do Bioma Mata Atlântica: Guarani(ES, RJ, SP, PR, SC, RS e MS), Kaingang (SP, PR, SC, RS) e Laklãnõ/Xokleng(SC).
- Vagas:
Quarenta e cinco vagas, divididas em quinze de cada etnia: Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng, totalizando cento e oitenta alunos a ingressarem na LII/UFSC nos próximos quatro anos, nos semestres 2016.1, 2017.1, 2018.1 e 2019.1, com constantes avaliações e possíveis redefinições.
- Vestibular específico – COPERVE/UFSC:
Inscrição: entre novembro e dezembro de 2015. Período ser definido e divulgado.
Prova: em fevereiro de 2016, com redação em língua indígena (Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng). Data a ser definida e divulgada.
- Início das aulas na UFSC:
Abril de 2016. Data a ser definida e divulgada.
- Entrada de turmas:
Semestres 2016.1, 2017.1, 2018.1, 2019.1 e assim sucessivamente.
- Habilitação para:
Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio[1]
- Terminalidades:
Licenciatura do Conhecimento Ambiental
Licenciatura em Artes e Linguagens
- DadosGerais:
- Carga horária total: 3.744 horas/aula
- Duração: 4 anos
- Regime do curso:
O curso está estruturado na forma presencial em espaços e tempos que buscam promover a integração e a articulação entre as instituições educativas responsáveis pela formação e as realidades das comunidades dos alunos. Metodologicamente pressupõe a instituição da Pedagogia da Alternância, que viabiliza a alternância entre Tempo-Universidade e Tempo-Comunidade.
- Tempo Universidade/TU:
Constituído de períodos presencias e intensivos de formação, com aulas que ocorrem no Campus da UFSC/Florianópolis e/ou nas escolas em Terras Indígenas ou o mais próximo delas, a depender de possibilidades e viabilidades acordadas entre turmas, comunidades indígenas e a coordenação. O TU caracteriza-se por etapas intensivas de duas a três semanas, a depender da carga horária das disciplinas no semestre.
- Tempo Comunidade/TC:
Período formalmente destinado a estudos orientados, projetos de pesquisa e de intervenção comunitária. Com carga horária menor, ocorre entre uma etapa presencial e outra. No Tempo Comunidade, a participação de sábios/especialistas indígenas é um importante recurso para a aprendizagem. O TC ocorre com o acompanhamento e a supervisão de professores do curso, além de graduados em cursos Licenciatura Indígena da UFSC e outras Instituições de Ensino Superior.
- Orientação acadêmica:
De aluno ou grupo de alunos por temática de pesquisa ao longo do curso, a partir do primeiro semestre.
Objetivo Geral:
Formar e habilitar educadores indígenas, no ensino superior, numa perspectiva intercultural e interdisciplinar, em licenciatura visando os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio de escolas indígenas, possibilitando igualmente o desenvolvimento de atividades para além da esfera escolar, com atuação em projetos, pesquisas e atividades ligadas diretamente as suas comunidades.
Objetivos Específicos:
- Formar professores Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng para atuação nas escolas de ensino fundamental e médio de suas comunidades, em consonância com a realidade social e cultural específica e segundo a legislação nacional que trata da educação escolar indígena;
- Criar condições teóricas, metodológicas e práticas para que os professores Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng possam refletir e construir os projetos político-pedagógicos de suas escolas;
- Habilitar professores os professores Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng para a prática de planejamento e de gestão escolar;
- Potencializar lideranças indígenas para atuação como agentes na defesa de seus direitos tanto territoriais, como de conhecimento tradicional e de organização social, política, econômica e cultural;
- Desenvolver ações que permitam a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, fortalecendo as pesquisas e articulações dos acadêmicos;
- Promover ações didático-pedagógicas de caráter transdisciplinar no processo de formação do educador;
- Garantir que o processo ensino-aprendizagem integre atividades desenvolvidas entre a universidade, as escolas e as comunidades indígenas.
[1] Tal definição tem como fundamento a formação de professores no Ensino Médio, em Curso de Magistério Indígena – Habilitação em Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, por parte da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, a partir do segundo semestre de 2014.