Curso Licenciatura Indígena 2016

06/08/2015 11:31

 

  • Denominação:

LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA DO SUL DA MATA ATLÂNTICA

  • Eixo norteador:

Territórios e Conhecimentos Indígenas no Bioma Mata Atlântica

  • Destinatários:

Povos indígenas que vivem na parte meridional/sul do Bioma Mata Atlântica: Guarani(ES, RJ, SP, PR, SC, RS e MS), Kaingang (SP, PR, SC, RS) e Laklãnõ/Xokleng(SC).

  • Vagas:

Quarenta e cinco vagas, divididas em quinze de cada etnia: Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng, totalizando cento e oitenta alunos a ingressarem na LII/UFSC nos próximos quatro anos, nos semestres 2016.1, 2017.1, 2018.1 e 2019.1, com constantes avaliações e possíveis redefinições.

  • Vestibular específico – COPERVE/UFSC:

Inscrição: entre novembro e dezembro de 2015. Período ser definido e divulgado.

Prova: em fevereiro de 2016, com redação em língua indígena (Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng). Data a ser definida e divulgada.

  • Início das aulas na UFSC:

Abril de 2016. Data a ser definida e divulgada.

  • Entrada de turmas:

Semestres 2016.1, 2017.1, 2018.1, 2019.1 e assim sucessivamente.

  • Habilitação para:

Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio[1]

  • Terminalidades:

Licenciatura do Conhecimento Ambiental

Licenciatura em Artes e Linguagens

  • DadosGerais:
  1. Carga horária total: 3.744 horas/aula
  2. Duração: 4 anos
  3. Regime do curso:

O curso está estruturado na forma presencial em espaços e tempos que buscam promover a integração e a articulação entre as instituições educativas responsáveis pela formação e as realidades das comunidades dos alunos. Metodologicamente pressupõe a instituição da Pedagogia da Alternância, que viabiliza a alternância entre Tempo-Universidade e Tempo-Comunidade.

 

  • Tempo Universidade/TU:

Constituído de períodos presencias e intensivos de formação, com aulas que ocorrem no Campus da UFSC/Florianópolis e/ou nas escolas em Terras Indígenas ou o mais próximo delas, a depender de possibilidades e viabilidades acordadas entre turmas, comunidades indígenas e a coordenação. O TU caracteriza-se por etapas intensivas de duas a três semanas, a depender da carga horária das disciplinas no semestre.

  • Tempo Comunidade/TC:

Período formalmente destinado a estudos orientados, projetos de pesquisa e de intervenção comunitária. Com carga horária menor, ocorre entre uma etapa presencial e outra. No Tempo Comunidade, a participação de sábios/especialistas indígenas é um importante recurso para a aprendizagem. O TC ocorre com o acompanhamento e a supervisão de professores do curso, além de graduados em cursos Licenciatura Indígena da UFSC e outras Instituições de Ensino Superior.

  • Orientação acadêmica:

De aluno ou grupo de alunos por temática de pesquisa ao longo do curso, a partir do primeiro semestre.

 

Objetivo Geral:

Formar e habilitar educadores indígenas, no ensino superior, numa perspectiva intercultural e interdisciplinar, em licenciatura visando os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio de escolas indígenas, possibilitando igualmente o desenvolvimento de atividades para além da esfera escolar, com atuação em projetos, pesquisas e atividades ligadas diretamente as suas comunidades.

Objetivos Específicos:

  • Formar professores Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng para atuação nas escolas de ensino fundamental e médio de suas comunidades, em consonância com a realidade social e cultural específica e segundo a legislação nacional que trata da educação escolar indígena;
  • Criar condições teóricas, metodológicas e práticas para que os professores Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng possam refletir e construir os projetos político-pedagógicos de suas escolas;
  • Habilitar professores os professores Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng para a prática de planejamento e de gestão escolar;
  • Potencializar lideranças indígenas para atuação como agentes na defesa de seus direitos tanto territoriais, como de conhecimento tradicional e de organização social, política, econômica e cultural;
  • Desenvolver ações que permitam a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, fortalecendo as pesquisas e articulações dos acadêmicos;
  • Promover ações didático-pedagógicas de caráter transdisciplinar no processo de formação do educador;
  • Garantir que o processo ensino-aprendizagem integre atividades desenvolvidas entre a universidade, as escolas e as comunidades indígenas.


 

[1] Tal definição tem como fundamento a formação de professores no Ensino Médio, em Curso de Magistério Indígena – Habilitação em Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, por parte da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, a partir do segundo semestre de 2014.

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